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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 1081-1

1081-1

EFEITO DO MICROENCAPSULAMENTO POR EXTRUSÃO SOBRE A ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DA Saccharomyces cerevisiae S12L1

Autores:
Ana Pérola Mendes Carvalho do Nascimento (UFPI - Universidade Federal do Piauí) ; João Farias de Sousa Junior (UFPI - Universidade Federal do Piauí) ; Maxwell Jhonata da Silva Martins (UFPI - Universidade Federal do Piauí)

Resumo:
A levedura Saccharomyces cerevisiae possui capacidade fermentativa e tolerância a ambientes ácidos, ao estresse osmótico e nutricional, e algumas cepas possuem potencial probiótico, sendo capazes de resistirem as condições gastrointestinais de animais, demonstrando capacidade de inibição de bactérias patogênicas, através da competição por nutrientes e sítios de adesão. Entretanto, em condições ambientais e de armazenamento inadequadas, as leveduras podem sofrer danos, como contaminações, mutações, perca de viabilidade e resistência a processamentos térmicos. Assim, são utilizadas estratégias que preservem suas propriedades benéficas em alimentos, como a microencapsulação. A partir disso, objetivou-se avaliar se a microencapsulação por extrusão interfere sobre a atividade antibacteriana da Saccharomyces cerevisiae (S12L1). Para os testes, a cepa S. cerevisiae S12L1 foi microencapsulada por extrusão, utilizando emulsão de alginato de sódio como agente encapsulante. Em seguida, foi avaliada a manutenção da viabilidade celular do micro-organismo por contagem do número de leveduras viáveis, em UFC por grama em números logaritmos, após o processo de microencapsulação. Foram utilizadas cepas de Aeromonas hydrophila INCQS 00318 (IOC/FDA 110-36), Staphylococcus aureus INCQS 00015 (ATCC 25923) e Streptococcus agalactiae INCQS 00128 (ATCC 27853) para testar a atividade antimicrobiana da cepa de S. cerevisiae S12L1, não encapsulada (controle) e microencapsulada por extrusão, através do método Agar Slab, com incubação de placas a 37°C, por 24 horas. Foi utilizado um esquema fatorial 2x3 (dois níveis de levedura e três níveis de espécies bacterianas) com quatro repetições. Após o processo de microencapsulamento, a contagem de colônias em placas de Petri resultou em 7,77 UFC/g em log10, apresentando valores que subsidiam o emprego da levedura como probiótico, no qual é recomendado uma contagem mínima de 7,00 UFC/g em log10, para a utilização de micro-organismos com essa finalidade. Nos testes de produção de substâncias antimicrobianas da cepa microencapsulada contra bactérias patógenas, houve inibição das três cepas de espécies bacterianas: A. hydrophila, S. aureus e S. agalactiae, com formação de halos de inibição médios de 18 mm de diâmetro, apresentando eficiência, visto que são recomendados halos de inibição acima de 10 mm. Conclui-se que a microencapsulação por extrusão mantém a atividade antibacteriana da Saccharomyces cerevisiae (S12L1), apresentando-se como uma estratégia de preservação de propriedades benéficas da levedura.

Palavras-chave:
 alginato de sódio, antimicrobiano, Aeromonas hydrophila, Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae


Agência de fomento:
Universidade Federal do Piauí